quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Discoteca Básica - House Remix Internacional

Uma das melhores coletâneas lançadas no Brasil, House Remix Internacional fez a festa dos dj’s amadores no fim dos anos 80 e comecinho dos anos 90, veja abaixo a resenha feita no Autobahn, site especializado em Dance Music.
House remix, apesar do título explicar o conteúdo, esse álbum fez bastante para a galeria "Coletâneas". Basta lembrar que a vida de DJ não era nada fácil: sem internet, MP3 e todas as facilidades de divulgação que temos hoje, apenas quem pilotava pickups em casas noturnas muito badaladas tinha acesso à versões 12" dos hits do momento. A outra alternativa, um pouco mais dolorosa, era ir até lojas de importados nas galerias de São Paulo e comprar a peso de ouro cada novo single. Se o você quer ser era DJ, então o jeito era mesmo se contentar com uma gravação da rádio. Hard times : )
Nessa época as rádios estavam quase à beira de um ataque de nervos, tamanha a ansiedade sobre qual seria a nova "onda" e por pouco o Brasil não embarcou na Newbeat que para variar já chegava atrasada. Eis que atropelando tudo e com uma estrutura pra lá de sedimentada no exterior, chega por terras Brasilis a House Music. Esse álbum foi mais do que tocado, e podemos dizer que uma boa parte de qualquer festa sempre estava a salvo se o DJ tivesse esse disco na ponta da agulha. Vamos às pérolas:
Kon Kan – I Beg Your Pardon
O nome dessa banda é bem curioso, vem de CAN CON (Canadian Content) uma lei que obriga às rádios canadenses a tocarem no mínimo 30% de música nacional. O duo Barry Harris e Kevin Wynne não durou muito, no começo dos anos 90 eles tomaram rumos diferentes e o único que continuou a dar seus pulinhos musicais foi Harris que chegou a gravar até um álbum solo. Hit de pista até hoje, é mais uma naquele esquema: não há quem não tenha dançado, cantado ou no mínimo escutado.
Depeche Mode - Strange Love

Single arrasador, em um remix pra lá de dançante. Escancarou de vez as portas para o Depeche no Brasil que já possuía uma considerável legião de fãs. Apesar do Depeche não ser uma banda de "House" no sentido mais "Warehouse"* da palavra, essa música estourou no momento certo e quem ouvia nas rádios não fazia muita questão de diferenciar estilos.
* Warehouse foi uma casa noturna de Illinois/Chicago que deu origem ao termo "House".
Erasure – A Little Respect

Para os desavisados, a dupla Vince Clark e Andy Bell já estavam no seu terceiro álbum quando esta música estourou nas rádios. Com um pouquinho a mais de história, vale lembrar que Vince Clark foi fundador do Depeche Mode (também presente na coletãnea) e fazia par com Alison Moyet no Yazoo. A Little Respect ficou semanas no top das rádios e quem tinha essa versão 12" literalmente fazia a festa.
Noel - Like a Child

Hit dos hits da "era" House.
Mais tarde inserido num movimento chamado "freestyle", Noel era obrigatório em qualquer festa house, e era bem comum ouvir ao menos 3 hits na mesma noite. Apesar de Silent Morning ter feito sucesso primeiro, Like a Child aproveitou o vácuo do sucesso anterior e não deixou a bola quicar no chão, manteve Noel nas programações das rádios por um looooongo tempo.
Pajama Party - Yo no Se
Com um nome sugestivo destes era de se esperar que as 3 meninas do Pajama Party fossem fazer um bom sucesso por aqui. House music de primeira com batida perfeita para fazer qualquer mixagem. Vale cada minuto dessa versão 12".
Ten City: - That's The Way Love Is
A menos conhecida da coletânea, mas no fiel estilo House Music.
Depois desse álbum, uma centena de outros vieram , mas no estilo 12" vale lembrar que esse foi pioneiro por reunir de uma só vez os melhores hits das pistas nessas versões exclusivas, e o melhor de tudo, acessível aos mortais em qualquer loja de discos. Dê uma fuçada na sua coleção de vinis, e se encontrar este por lá, pode guardar com carinho que este disco fez história.
Fonte: Autobahn

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dance Cover # 04 - Black Box - Fantasy


Caramba, já fazem 21 anos do lançamento do álbum Dreamland, do Black Box. Parece que foi ontem que esse som tocava nas pistas. Era o ano de 1990 que o álbum Dreamland se torna um dos grandes sucessos do ano, inclusive ganhando disco de ouro, nos EUA e na Grã-Bretanha. Com produção dos italianos Daniele Davoli, Mirko Limoni e Valério Semplici, muitos samplers e imaginação o Black Box ganhou as pistas do mundo inteiro. Com vocais de Martha Wash (mas que aparecia nos vídeo-clipes era Katrin Quinol, uma modelo que apenas dublava) uma diva da era disco, o álbum Dreamland, tem vários sucessos, Ride on Time, I Don’t Know Anybody Else, Strike It Up (minha preferida do grupo) e entre eles, uma cover de um antigo sucesso da banda Earth, Wind and Fire, “Fantasy”, lançada originalmente no álbum All’n’All de 1977, em plena era disco.





Set MIxado # 044 (90's - 11)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cover Dance # 3 - Please Don't Go

Double You é um grupo italiano de eurodance que surgiu em 1985. Em 1991 tornaram-se mundialmente conhecidos com a regravação da música "Please Don't Go". Essa música faz parte do album “We All Need Love” de 1992. "Please Don't Go", ganhou o ouro e muitos discos de platina na Europa, América Latina, África e Ásia. O álbum também vendido na América do Norte , em Israel (# 12), e no Reino Unido. É uma versão dance de uma música da KC and the Sunshine Band, banda fundada em 1973 por Harry Wayne Casey, Jerome Smith, Richard Finch e Robert Johnson, o grupo misturava funk, pop e disco, antes de estourar nas paradas, fizeram “Rock Your Baby” que foi um grande sucesso com George McCRae. “Please Don’t Go” foi lançada originalmente em 1979 e foi número um nos EUA. Do álbum “Do You Wanna Go Party”, “Please Don’t Go” foi um dos maiores sucessos mela-cueca da história da música.  





segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Discoteca Básica - Saturday Night Fever

Certos discos capturam o espírito de uma época e de uma mudança social. Em 1977, isso aconteceu com a trilha de Saturday Night Fever (aqui no Brasil, Os Embalos De Sábado À Noite). O filme estrelado por John Travolta retratava o universo dos jovens nova-iorquinos do Brooklyn que viviam vidas banais, mas tinham seu momento de glória nas pistas das discotecas.
A genêse de Saturday Night Fever  foi um artigo escrito pelo crítico Nick Cohn chamado "Os Ritos Tribais Do Novo Sábado À Noite". Publicado em junho de 1976 na revista New York, ele acabou ganhando as telas de cinema pelas mãos do diretor John Badham. O produtor Robert Stigwood (ex-empresário do power trio Cream e responsável pelas óperas-rock Evita e Jesus Cristo Superstar) sentiu que aquilo era uma mina de ouro e chamou os Bee Gees para compor a trilha sonora para o filme.
Barry, Robin e Maurice Gibb já estavam experimentando com sucesso ritmos dançantes e não foi difícil para eles entrar no clima. A primeira música criada foi "Stayin’ Alive", um dos grandes hinos dos anos 70. Os críticos da nostalgia disco não conseguem negar a força da cena inicial do filme, em que John Travolta - vivendo Tony Manero, o personagem principal da história - trota pelas ruas de Nova York ao som dessa grande canção. Depois, os irmãos Gibb escreveram a bela "How Deep Is You Love’’, balada obrigatória para o momento romântico do filme. Outra canção mais climática era "If I Can’t Have You’’, que eles fizeram especialmente para sua protegida, a cantora Yvonne Elliman (ela também trabalhou em Jesus Cristo Superstar, no papel de Maria Madalena).
Os Embalos De Sábado À Noite deveria se chamar apenas Night Fever, mas Stigwood achou que muita gente poderia pensar que se tratava de uma produção pornô.  A música "Night Fever’’ aparece num dos momentos cruciais do filme e retrata a ferveção que rolava nas pistas de dança. "More Than A Woman’’, que segue a linha sensual de "Night Fever’’, surge em duas versões: uma com os próprios Bee Gees e a outra com o grupo soul Tavares.
Os mais antenados estranharam a inclusão de "You Should Be Dancing’’, canção que os Bee Gees tinham lançado em 1976 no álbum Children Of The World. Ela só entrou por insistência de John Travolta. O ator tinha ensaiado a música para se preparar para o filme e não queria rebolar ao som de outra canção. "Jive Talking’’ foi outro antigo hit dos Bee Gees que entrou no álbum, embora tenha ficado de fora do filme.
Além dos Bee Gees, o disco também trouxe outros importantes nomes do soul e da disco, como Kool & The Gang, M.F.S.B., K.C. & The Sunshine Band, Walther Murphy e The Tramps. Estes últimos cantam "Disco Inferno’’, que virou sinônimo da era disco - e é tão marcante quanto as criações dos irmãos Gibb. A trilha ainda incluía duas criações do maestro David Shire.
Os Embalos De Sábado À Noite está vivo. Recentemente, uma badalada rádio de Nova York comemorou os 20 anos da trilha, com a participação de todos os artistas presentes no disco.  Os Bee Gees estão sendo reconhecidos e a tão difamada disco music ganha homenagem até do U2. Em matéria de nostalgia, os Bee Bees carecas são tão ou mais dignos do que qualquer ex-punk em busca de alguns trocados.

Paulo Cavalcanti

Publicado na Revista BIZZ, # 153 de Abril de 1998.

É a terceira Trilha Sonora mais vendida de todos os tempos, só perdendo para The Bodyguard, a trilha do filme O Guarda-Costas (1992) e Dirty Dancing, o Ritmo Quente (1987).

domingo, 11 de setembro de 2011

10 Melhores Dance Music de Todos os Tempos

Essa noticia já é um pouco antiga mas como é de dance music resolvi postar assim mesmo. Vamos lá. Em 2008 a rádio BBC de Londres fez uma enquête aos seus ouvintes, perguntando qual seriam as melhores músicas dance da história. Confira o resultado dessa votação.

Confira a lista:

10. The Charades - Key To My Happines (1966)



09. S’Express – Theme From S’Express



08. Inner City – Big Fun



07. Fingers Inc. – Can You Feel It



06. Soul II Soul – Keep On Movin’



05. Alison Limerick – Where Love Lives



04. Rhythm Is Rhythm - Strings of Love

03. James Brown – Get Up (I Feel Like Being A)



02. Donna Summer – I Feel Love



01. Michael Jackson – Billie Jean




Fonte: BBC

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Voce sabia...

Que trilha sonora mais vendida de todos os tempos é a do filme "The Bodyguard", aqui no Brasil conhecido o O Guarda-Costas. Essa trilha vendeu a bagatela de 44 milhões de cópias. Estrelado por Kevin Costner e Whitney Houston, o filme também foi um grande sucesso nas bilheterias do mundo todo. Outra curiosidade é que esse filme era para ter sido feito na década de 70 com Steve Mcqueen e Diana Ross.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Katy Perry iguala recorde de Michael Jackson

Demorou, mas aconteceu: Katy Perry igualou o recorde de Michael Jackson, com cinco singles do mesmo álbum a chegar ao topo das paradas da Billboard, na lista Hot 100. Nesta quinta-feira, “Last Friday Night (T.G.I.F.)” será oficializada em primeiro lugar.
Esperava-se que a cantora conquistasse a primeira posição há duas semanas, mas o grupo de hip hop e electropop LMFAO seguiu no topo até aqui.
Teenage Dream agora figura ao lado do clássico Bad, lançado por Jackson em 1987, como os dois únicos álbuns a ter cinco hits Número 1 nos 53 anos de história das paradas da Billboard. Perry é a segunda artista (e única mulher) a conquistar este feito.
Os demais singles de Teenage Dream que chegaram ao topo da lista da Billboard foram "California Gurls", "Teenage Dream", "Firework" e "E.T.", marcando a sucessão de hits que renderam à cantora 66 semanas consecutivas no Top 10.
Enquanto Perry demorou mais de um ano para emplacar seus cinco singles, o Rei do Pop, por sua vez, atingiu o recorde em nove meses, com as músicas "I Just Can't Stop Loving You" (com Siedah Garrett), "Bad", "The Way You Make Me Feel", "Man in the Mirror" e "Dirty Diana".
Em 1987 os concorrentes de Michael Jackson eram uns grupinhos fraquinhos...Gun's Roses com "Appetite for Destruction", Pink Floyd com "A Momentary Lapse of Reason" e um certo U2 com  "The Joshua Three". 


vi no omelete

sábado, 13 de agosto de 2011

Cover Dance # 2 - If You Can't Give Me Love

Chumi DJ ou Francisco Javier Chumillas Sáez, é um DJ espanhol, na ativa até hoje, seu primeiro trabalho foi um bate-estaca de 1996 em plena era Eurodance, If You Can’t Give Me Love, que originalmente foi um sucesso com Suzi Quatro, do álbum If You Knew Suzi de 1978. Suzi fazia um rock pop, chamado de glam rock e fez mais sucesso na Europa do nos Estados Unidos, sua terra natal.
Sinceramente conheci essa música com o Chumi DJ é só recentemente descobri que era uma cover. Confira as duas versões.
 




sexta-feira, 1 de julho de 2011

Cover Dance

Mais uma seção que eu inauguro aqui no blog 7 mixado. Como você pode perceber, aqui vou destacar uma versão dance de um sucesso que não importa o seu gênero, se é rock, pop ou seja lá o que for.




Pra começar um sucesso das pistas de 1993, Nicki French – Total Eclipse of The Heart, cover dance do sucesso de Bonnie Tyler de 1983.
Total Eclipse foi um dos maiores sucessos do ano da década de 80, alcançou o topo das paradas inglesa e americana. Essa canção é parte do álbum “faster than speed of night”, o mais bem sucedido da carreira de Bonnie Tyler. Essa música é uma das maiores representantes do gênero balada mela-cueca que se teve notícia. Também teve um vídeo-clip exibido a exaustão na MTV.



Abaixo segue a crítica do DJ RONALDINHO na DJ Sound de abril/95, inclusive com o erro no nome da cantora original.

TOTAL ECLIPSE OF THE HEART
NICKI FRENCH
ZYX - ALEMANHA

Ok. Mais uma regravação que está dando certo. Prato cheio das fms convencionais. Mas cuidado: vá direto para a segunda versão – Mobius Loop Mix – pois a versão de abertura do single é quase idêntica a original, parecendo inclusive com os vocais de Boney Tyler. Créditos para a dupla JJ – J. Steiman e J. Springate. Rechearam a produção de bons pianos e corais que dão um bom clima ao hit. Mais um single que no cd, traz um bônus track – Pride and Passion. Pule... Fique com a “faixa-título”.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Voce sabia


Que a música “Don’t You (Forget About Me)”, foi escrita especialmente para o filme O Clube dos Cinco e foi oferecida para Billy Idol, Bryan Ferry e Chrissie Hynde (vocalista dos Pretenders). Todos disseram não, mas Chrissie indicou o seu então marido Jim Kerr, vocal do Simple Minds. A canção virou um sucesso mundial e o resto é história.







sábado, 25 de junho de 2011

As 20 Melhores Músicas da Era Flash House

20. Technotronic – Pump Up The Jam


Pra começar, uma música que poderia ser a nº 1 da lista. Do grupo belga Technotronic, “Pump Up The Jam” foi lançada em 1989 e logo virou um hit mundial. Tocou em todas as rádios até a exaustão e fez parte do playlist de todo e qualquer dj que se prezava. A vocalista do grupo era Ya Kid K, mas quem aparecia no clip era outra dançarina (Kelly)dublando (o que acontecia muito nos clips de dance). Só no clip seguinte “Get Up (Before the Night Is Over)” é a Ya Kid K deu as caras. A produção de Jô Bogaert, a forte marcação do baixo fizeram o Technotronic escrever os seus 15 minutos de fama na história da dance music, sem contar que “Pump Up The  Jam deu nome ao estilo eletrônico “poperô”. Também foram sucesso “Move This” e “This Beat Is Technotronic”.




19. Snap! – The Power


“I’ve Got The Power”. E realmente o Snap! tinha a força. Vindo da Alemanha,  em 1990 o grupo dominou as paradas de sucesso, com Turbo B fazendo o rap e os vocais de Jackie Harris, essa música fez tanto sucesso que apareceria em vários filmes ao longo dos anos: Show Bar, O Todo Poderoso, O Pescador de Ilusões, Três Reis, O Pacificador e outros menos cotados. Se um dia eu fizer uma lista das vocalistas mais beiçudas, a Jackie Harris leva de goleada. Também fizeram bonito nas paradas “Mary Had a Little Boy”, “Colour of Love”, “Exterminate”, “Cult of Snap!” do álbum World Power e mais tarde “Rhythm Is a Dancer” e "See the Light" do álbum The Madman’s Return.
Em tempo: a frase que abre “The Power” é: “The American company Transceptor Technologies has started production of the ‘Personal Companion’ computer”.



18. DJ Pierre – Feel the Hit

Uma das mais contagiantes músicas do período. Lançada já no final da era flash house em 1992, Feel the Hit é um ítalo pra lá de animado. Pergunte a qualquer DJ da época e você verá que esse som faz parte de qualquer playlist. DJ Pierre fez sucesso nas pistas com Everyday e We Gonna Funk. Essa não achei o video-clip, só aquele video básico com o selo do vinil.




17. Erasure – A Little Respect



No final dos anos 80, saíram dois discos nomeados House Remix, que praticamente definiram esse gênero aqui no Brasil, no volume 1 (aquele da capa amarela com o smile) tinha a versão extended de “A Little Respect”. Do álbum The Innocents de 1988, esse som foi um dos maiores fenômenos das pistas de Sampa. Da Toco a Contramão, da Overnight a Curto Circuito a pista fervia com o duo vindo do Reino Unido. O Erasure era formado por Vince Clark (Ex Depeche Mode e Yazoo) e Andy Bell e entre os vários sucessos da dupla, dá pra destacar “Oh Lamour” de 86 (que estava no House Remix 2), “Stop!” de 88, “Blue Savanah” e “Star” de 90 entre outros grandes sucessos.




16. C + C Music Factory – Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)



Robert Clivillés e David B. Cole formaram o C + C Music Factory em 1990 e fizeram história com “Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)”. A música chegou a nº 1 nos USA e a nº 3 na Inglaterra. Com rap de Freedom Williams e vocais de Martha Wash (Ex-Weather Girs) mas quem aparecia no clip dublando era Zelma Davis fazendo biquinho, Everybody Dance Now se tornou um dos refrões mais sampleados da história e essa música apareceria num sem número de filmes e seriados ao longo do tempo, incluindo aí o seriado brasileiro Minha Nada Mole Vida e a novela O Dono do Mundo. Da Fábrica de Música também tocou bastante “Here We Go”, “Things That Make U Go Mmmmm” e a regravação do U2 “Pride (In the Name of Love)”.




15. Cappella – House Energy Revenge


Mais um ítalo house de primeira. Curiosamente “House Energy Revenge” não fez um grande sucesso nos charts europeus, mas estourou nas pistas brazucas. Vai entender...Cappella fazia um som que no começo era conhecido com Hi-Nrg e era uma cria do produtor Gianfranco Bortolotti, o mesmo que criou o 49ers do hit “Touch Me” (que também poderia estar nesta lista). Praticamente sem vocais House Energy é uma mix de samples emendados, como várias das músicas da época. Simples assim. “Helyon Halib”, “Get Out Of My Case”, “Everybody Listen To It”, “U Got 2 Know” e “U Got 2 Let the Music” (seu maior sucesso, de 1994) foram outros músicas que agitaram as pistas. Assim como Feel the Hit, dessa só tem o clip básico.




14. Front 242 – Headhunter



Mais um grupo belga (a exemplo do Technotronic), o Front 242 inventou, em meados dos anos 80 o termo EBM (eletronic body music) para explicar o som que eles faziam. A música EBM consiste (mas não exclusivamente) de timbres eletrônicos, na grande maioria das vezes sintetizados, letras agressivas, batidas distorcidas e algumas vezes a utilização de instrumentos nada convencionais, como serras elétricas e furadeiras (acredite). Headhunter ficou famosa (no Brasil) ao sair no disco Overnight Remixes vol. 01, com uma versão que tinha uma introdução mais longa (misturando Out of Control do New Scene) chamada Made of Order Mix for Overnight feita pelo DJ Badinha e no lado B tinha Welcome to Paradise (Extended by Cuca) também do Front 242. E também foi utilizada a base de Head Hunter no Fieldzz Hot Mix do DJ Iraí Campos e o Som das Pistas 2. Clássica.





13. Noel – Silent Morning


Noel Pagan, mais conhecido apenas como Noel, abriu as portas do freestyle para São Paulo. O ritmo já era conhecido no Rio de Janeiro, mas por aqui não tocava. Depois de Silent Morning, vieram outros expoentes do gênero como Information Society e Expose. Silent Morning fazia parte do álbum Noel (1987), da coletânea Overnight Remix vol. 02 (que não era tão underground como o vol. 01) e também da trilha sonora da novela Vale Tudo. Essa música é considerada um marco na história da dance music mundial. Silent Morning fala de um amor perdido. Noel também emplacou “Like a Child”.




12. B.G. The Prince of Rap – This Beat Is Hot


- Like 007, i’m on a mission...

E a missão de B.G. (iniciais de Bernard Green, rapper americano), era fazer as pessoas dançarem. E ele conseguiu com “This Beat Is Hot”, seu maior sucesso, lançado em 1991, que faz parte do álbum Power of the Rhythm. Pra mim uma das melhores músicas daquela época e um dos importados que eu guardo com carinho até hoje. A mixagem com Gonna Make U Sweat era sensacional e ninguém ficava parado na pista. Realmente um clássico. Do BG também fizeram sucesso: Can We Get Enough, The Colour of My Dreams, Rock a Bit e Can’t Love You.




11. Culture Beat – I Like You



Na 11º posição da nossa lista, mais um clássico indiscutível, mas confesso que fiquei na dúvida entre essa e “No Deeper Meaning”, mas “I Like You” ganhou por um triz. Com vocais de Lana E. e Jay Supreme e lançada em 1990, esse música tem um dos breaks mais longos da dance music, dá pra fazer aquela virada no capricho. Quem não tinha o 12” importado se virava mixando com o disco do Calígola mesmo. Aliás, quem não tinha dinheiro para comprar os originais, tinha que se contentar com as coletâneas nacionais, que diga-se de passagem quebravam um galhão. Rolaram nas pistas, além de No Deeper Meaning, Tell Me That You Wait e mais tarde já na Eurodance, Got To Get It, Anything, Inside Ouy e o mega sucesso Mr. Vain.





10. Kon Kan – I Beg Your Pardon


Abrindo as 10 primeiras da nossa lista, uma música que veio do Canadá, I Beg Your Pardon foi lançada no álbum Move To Me de 1989, fez parte da coletânea House Remix 1 e tinha samples de Lynn Anderson, Silver Convention, Spagna e do tema do filme Sete Homens e Um Destino. O Kon Kan era formado por apenas dois integrantes, Barry Harris e Kevin Wynne. Harris voltaria as paradas com o Outta Control em 1996. Em tempo: a versão do House Remix 1 tinha algumas falas em português. O nome da banda “Kon Kan” é uma paródia com “Canadian Content” que nada mais é do velha fatia de mercado. Trinta por cento das músicas que tocavam nas rádios tinham que ser originais do Canadá. Também tocaram Harry Houdini, Pussy N’ Boots/These Boots Are Made for Walkin’ além é claro de Move To Move (outra muito boa do grupo e que estava na coletânea Adrenalina.




09. Yazz – The Only Way Is Up


O único caminho é pra cima...Houve um tempo em que até as músicas eram apenas pra se divertir mesmo. E o Yazz é a prova disso. Com um som contagiante, Yazzmin Evans colocava as pistas literalmente pra cima. Lembro de uma Revista Bizz que destacava Yazz, Jack the Tab e Bomb the Bass como a nova geração da dance music. Fazia parte da ótima coletânea chamada Acid House.




08. S’Express – Theme From S’Express


Ess-express. Assim que se pronuncia o nome desse grupo inglês, que fez história em 1988. Um acid house em 1º lugar na parada inglesa por duas semanas realmente é de tirar o chapéu. Coisa de anos 80. Também chamar de grupo é exagero. O S’express é basicamente formado pelo DJ / Produtor / Remixer Mark Moore. Theme From S’Express é feita de uma tonelada de samples e é indispensável em qualquer festa de flash house. Sucederam esse hit: Superfly Guy e Hey Music Lover.




07. Information Society – What’s On Your Mind (Pure Energy)


What’s On Your Mind foi o primeiro single do album que leva o mesmo nome da banda, lançado em 1988, com sampler de jornada nas estrelas que você já viu nessa postagem, a canção foi um grande sucesso nos USA onde chegou a # 03 da parada da Billboard, o Information já tinha um sucesso “Running” mas não no Brasil, e em plena febre flash house, What’s On Your Mind aterrisou como um torpedo. Tocou até enjoar, nas pistas e rádios e se eu fosse mais critico até colocaria essa em primeiro. Do InSoc ouvimos e dançamos além das já citadas, Cry Baby, Slipping Away, Walking Away (Sensacional), Think e Peace & Love Inc.




06. Ice MC – Cinema


Pense numa tosquice. Pois a música Cinema do Ice MC é exatamente isso. O cara só fica falando nomes de atores e diretores famosos (até 1990) sem parar. Por que isso fez sucesso? Sei lá, tem coisas que não explicação. Por essas e por outras que "Cinema" é o # 06 da minha lista. Ice MC é o nome do projeto que tinha o rapper Ian Campbell nos vocais e Robyx na produção. Cinema fez parte da trilha internacional da novela Mico Preto. No set mixado # 03 refiz a mixagem famosa da época com Mr. Lee – Pump That Body. Dessa época ainda foram sucesso Scream, Easy e OK Corral. Posteriormente ainda vieram os hits Dark Knight Rider, It’s a Rainy Day, Russian Roulette, Think About the Way e Take Away the Color.





05. Lee Marrow – Movin’


Lee Marrow ou Francesco Bomtempi é um superprodutor e dj italiano, fez tantas charolas (ou babas) que agitaram as pistas de dança que ficou difícil escolher uma. Fiquei com Movin’ apenas porque foi uma das mais que tocaram em terras brazucas. Outros hits foram Pain, Do You Want Me, Da Da Da (parece música do Nahim) e To Go Crazy.




04. Hithouse – Move Your Feet To The Rhythm Of The Beat


Peter Slaghuis, produtor e dj holandes, montou o Hithouse em 1988 e fez uma colagem de samples em suas músicas. Só isso. Simples assim. Mas fez toda a diferença do mundo no verão europeu de 88. Ele já tinha trabalhado no projeto Nu Shooz remixando a música I Can’t Wait, e depois produzindo o Vídeo Kids no hit Woodpecker From Space. Talvez Jack To the Sound of the Underground (seu primeiro hit) seja mais clássica, mas o clip de Move Your Feet é tão ruim que chega a ser bom demais. Diversão certa.




03. M.A.R.R.S. – Pump Up The Volume


Definição de Clássico: Por clássico entende-se algo que não passa de moda, devido às suas características intrínsecas de qualidade (técnica, estética), pela sua importância histórica, raridade (ou exclusividade) e, mesmo, pela sua relevância afetiva (carisma). Pra mim, Pump Up The Volume é um clássico. Único single do Projeto M.A.R.R.S. em seu lançamento foi nº 01 em vários paises. Feita de uma tonelada de samples (de Afrika Bambaataa a James Brown, de Eric B a Koll and the Gang), Pump Up The Volume escancarou de vez a dance music britânica underground que surgia em 1987,
e colocou o Acid House como a bola da vez.





02. Black Box – Ride On Time


Daniele Davoli, Valério Semplici e Mirko Limoni já haviam se lançado no mercado da música como Starlight (Numero Uno), Wood Allen (Airport) e Mixmaster (Grand Piano) quando surgiu o projeto Black Box. Junto com a performer Katrin Quinol, que apenas dublava as músicas (os vocais eram sampleados de Lolleatta Holloway em Sweet Sensation), Ride On Time foi o primeiro single do álbum Dreamland. Depois de uma briga judicial que  Holloway ganhou, os vocais foram regravados por Martha Wash, essa música chegou a nº 1 na Inglaterra e Irlanda e foi um tremendo sucesso em vários países. Com um riff de piano mais colento que chiclete, Ride On Time pra mim é a medalha de prata do flash house. Em tempo, na canção a letra correta é Right On Time, mas o produtor Daniele Davoli tinha pouco conhecimento de inglês e achou que Lolleatta cantava Ride on Time. O título da música ficou assim mesmo e o resto é história. Outros sucessos do Black Box foram I Don’t Know Anybody Else, Everyvody Everybody, a regravação de Fantasy do Earth, Wind and Fire e a inesquecível Strike It Up.





01. Bomb The Bass – Beat Dis


Chegamos ao primeiro lugar e aqui encontramos Tim Simenon e Beat Dis. Into the Dragon foi um dos discos mais importantes da história da dance music e influenciou toda uma geração de dj’s e músicos. Como em Pump Up The Volume, aqui também temos um tonelada de samples, mas não apenas musicais, tem também sons de helicópteros, carros, metralhadoras, sons industriais, vozes de seriados e outras cositas mais. Confira abaixo aguns samples usados em Beat Dis:

Afrika Bambaataa & the Soulsonic Force - "Looking for the Perfect Beat", originally released in 1982 (12"); first LP release on Planet Rock: The Album, 1986
Bar-Kays - "Son of Shaft" from Son of Shaft, 1971 (7")
James Brown - "Funky Drummer", originally released in 1971 (7"); first LP release on In the Jungle Groove, 1986
Dialogue from an episode of the TV series Car 54, Where Are You?
Opening title sequence of the TV series Dragnet
EPMD - "It's My Thing", originally released in 1987 (12"); first LP release on Strictly Business, 1988
Aretha Franklin - "Rock Steady" from Young, Gifted and Black, 1972 (LP)
Funky 4+1 - "Feel It (The Mexican)" from Feel It (The Mexican), 1983 (12")
Hashim - "Al-Naafiysh (The Soul)" from Al-Naafiysh (The Soul), 1983 (EP)
Indeep - "Last Night a DJ Saved My Life" from Last Night a D.J. Saved My Life!, 1982 (LP)
Jimmy Castor Bunch - "It's Just Begun" from It's Just Begun, 1972 (LP)
Kurtis Blow - "Christmas Rappin'" from Kurtis Blow, 1980 (LP)
Line from a radio broadcast by Fiorello H. La Guardia
Jayne Mansfield - "That Makes It" from Jayne Mansfield Busts Up Las Vegas, 1962 (LP)
Theme from the 1966 film The Good, the Bad and the Ugly, composed by Ennio Morricone
Original Concept - "Pump That Bass" from Bite'n My Stylee, 1986 (12")
Prince - "Housequake" from Sign “☮” the Times, 1987 (LP)
Public Enemy - "Rebel Without a Pause" from It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back, 1987 (LP; portion sampled originally sampled from "The Grunt" by The J.B.'s and "Funky Drummer" by James Brown)
"Russian Roulette" from Stereo Spectacular: Demonstration & Sound Effects, 1963 (LP)
Schoolly D - "Saturday Night" from Saturday Night! - The Album, 1986 (LP)
Frankie Smith - "Double Dutch Bus" from Children of Tomorrow, 1981 (LP)
Opening title sequence of the TV series Thunderbirds
"Train Sequence", narrated by Geoffrey Sumner from A Journey Into Stereo Sound, 1958 (LP)
Trouble Funk - "Double Trouble" from Saturday Night Live! From Washington D.C., 1983 (LP)
Fred Wesley and The J.B.'s - "Blow Your Head" from Damn Right I Am Somebody, 1974 (LP)

Sem contar que aqui no Brasil era o tema de abertura do saudoso programa Clip Trip, apresentado pelo Beto Rivera e única opção de assistir vídeo-clips antes da chegada da MTV. Em tempo: o smiley da capa do single tinha a gota de sangue que nem o do Watchmen. Don’t Make Me Wait, Megablast, Say a Little Prayer também tocaram por aqui.




Bom galera, por enquanto é só. Espero que voces tenham curtido.